quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Liberdade Indígena


Vejam o vídeo:



Em termos de ideologia o Marinho toca no ponto nevrálgico. Os indivíduos que classificam e se classificam estão agarrados a uma ideologia mastigada por outros, inseridos na realidade de outros. Como esse ser pode tornar-se uma personalidade de fato?
Não consegue nem fazer a própria síntese e anda pela sombra dos mentores filosóficos.
Uma pessoa que busca ser quem é em plena verdade e sinceridade não pode aceitar todas as idéias que lhe sobrevêem. Isso é desonesto, consigo e com a realidade. Os dentes que me foram dados e a força de minhas mandíbulas são a evidência de que sou eu que busco a realidade em mim. Eu provo, eu sinto, eu mastigo, eu engulo.
Sou eu e não outro. Eu sou responsável pela minha própria ignorância e pelo mínimo saber que se molda à realidade.
 Dessa forma fica evidente que os rótulos não  servem na busca de individuação. A limitação  de tornar-se de esquerda ou direita, implica em  demonizar o outro lado, ora, isso também não  é realidade é fundamentalismo, e assim não faz  sentido.
As pessoas querem discernir seu tempo com  base em teses do passado, estas que só nos  deveriam servir como aio. Paulo que vivia no  primeiro século sabia disso, na eminência de  não validar a salvação e espiritualidade  mediante a prática compulsória dos derivados  da lei mosaica e sim numa metanóia. Uma  metamorfose existencial onde o homem  interior cresce e se aperfeiçoa a cada dia.
Mas as pessoas na era ciberespacial, se tornaram verdadeiros brucutus seja pelo viés do moralismo ou pelo seu antagonista, e eles sabem que no fundo fazem parte da mesma moeda. Sabem que são duas caras. No final vai ficar mais do que evidente que a única coisa que vale é vocÊ na vida, quando já descontente consigo mesmo e marcado por muitas cicatrizes, comece a respirar os ares pesados da altitude. Nesse dia todos nós iremos rir dos tempos de escola.
A força dionisíaca que lhe compele e o inspira, no poder do talento que não se enterra pelo medo de seu Senhor. Na paz e na guerra, quando nos dias frios o sol brilha com mais potencia, nos paradoxos, nas contradições, no ser relativisado… Salvem suas almas, deixem que ela descanse naquele que trabalhou sem matéria prima, e que determinou o milagre como sendo a primazia de um mundo que ironicamente o expele.
Ouçam, vejam e apalpem a sabedoria indígena.

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