terça-feira, 9 de agosto de 2011

O Mundo em Desencanto?


Vivemos dias frios no que concerne a sociedade e também ao indivíduo. O amor em contingência e todos os sentimentos sublimes na ação vitalícia da vida estão estacionados em setores específicos da existência de cada pessoa, tudo é fragmentado, vendido e rentável.
Na época do iluminismo pensava-se que o homem alcançaria sua maturidade mediante a total racionalização. De fato a partir daí vê-se um progresso exponencial na humanidade. Como, por exemplo, seu sistema econômico. Porém seu radicalismo em conceitos mecanicistas e rigidez intelectual se mostraram ineficazes contra a pulsão humana.
Do irracional se cria o racional?
Abandonou-se o obscurantismo, mas paradoxalmente o mesmo iluminismo torna o homem obscuro em sua ação na própria modernidade.
Nesta profunda razão humana descobre-se o daimon.
Estou por isso subestimando a humanidade? Não, em absoluto! A constatação é grave, mas fiel. O homem sem propósito é caos. Se abandonar a transcendência pela imanência vê-se perdido, posto que o “eu” por si mesmo é dono apenas de seu nariz. Ainda estará longe do Everest e das profundezas do Iceberg.
Mesmo na gana por poder ser o Ser perante o rebanho, o “eu” maior, produtor de transvalorações e conceituações perde-se em si mesmo e já não é mais fiel à realidade.
O desencanto se inicia onde termina a visão e começa a busca pela sobrevivência. Na eminência do sustentável, joga-se nas regras do jogo. Assim se aceita a vida do manicômio.
O louco não abandonará sua ilusão, não confrontará a vida e será apenas um organismo de processos interiores puramente aleatórios de seu caos subjetivo. Justificará seu gênio e viverá negando tudo que confronte o Vazio, preenchido de entulhos pós-modernos.
O daimon é menino brincando com bugigangas da burguesia. Ele não te deixará ir. Os portões foram todos fechados o caminho é um círculo e nele o homem moderno caminha sem parar.
Na verdade ele corre e nunca alcança, porque o que ele busca está fora dos portões. Fará novas trilhas e alianças, se aventurará no círculo, mas no final voltará para o mesmo lugar. Esse é o deus que não aceita sua condição dimensional e o mundo como ele é.
Verá os campos brancos fora dos portões e terá medo que seu corpo seja enterrado ali simplesmente porque queria estar e não ficar.
O mundo tem sido como um hospício e o louco vive feliz quando se promulga a condição alienante de sua fantasia via animalidade. Melhor é não ver, melhor é não saber.
Já no desalienado a loucura é mais profunda e a cegueira pode ser maior quando este mergulha na escuridão de seu self.
A melhor maneira de ficar cego é contemplar uma luz muito forte.
O daimon de luz te cegará no caminho redondo do eterno retorno, ele sempre volta pro mesmo lugar. O homem não deixará de ser humano, é o mesmo e sua imanência pura ilusão no big crunch. Sua natureza nada tem de moralizante.
Mas quem sabe a visão de um verdadeiro visionário se supere. Ela deve suportar tudo, do contrário se provará falsa.
O deus monarca morreu no iluminismo?
Não! Muito antes disso. Ele morreu quando do vermezinho de Jacó surge um rebento.
Na nobreza de um rei e no espírito de um carpinteiro, enquanto ele desce, nós subimos. Ali no monte do calvário, para encontrá-lo. Já entrou numa poça de lama pelo seu cordeirinho. Seus pés reais estão feridos de pedras, sua coroa é um arco de espinhos.
Quem é o messias judeu senão um homem da verdade e de verdade?!
O ilusionista nos enredou em sua entranhas celestiais? Ora, quem é o ilusionista? Quem é que costuma mentir?
Como ser verdadeiramente louco se de fato devemos ser loucos? Quem te atribui normalidade tem apenas os mesmos sintomas de loucura do qual você padece.
Eu padeço de minha loucura e não importa se ela é estranha demais desde que seja real. Nada menos que o real. Nada menos que a verdade. Nada menos que a existência. Nada menos que a vida. Nada menos que a liberdade. Nada menos que um espírito criativo. Nada menos que um fujão que de tanta molecagem pula os portões da limitação e foge da normalidade dos circundantes. O trabalho é o ócio e o ócio não será cadeia. Meu corpo correrá livre do senso comum sendo mais simples que uma pomba e sagaz como a serpente.
Eis o mutante do qual estou me transformando. Talvez isso não seja tão bonito ou espetacular, decepcionante para alguns, mas desde que seja vida em meus ossos poderei dar meu grito de liberdade no dia do Senhor.
Mas como podes acreditar nesta estúpida linearidade?
De fato não sei crer por mim mesmo, mas de uma coisa eu sei, isso não é mera linearidade. O Sim foi dado antes da fundação do mundo.
Ó poderoso tempo, ó poderosa vida, sois as testemunhas fieis de que o Todo surgiu do Nada deste Alguém. São milhares de milhares de milhares, esta é minha submissão como se fosse minha e pertencesse a mim antes de meu Precursor. Os falsos e mentirosos a muitos enganarão, mas a pequena lâmpada da virgem com seu precioso óleo se manterá acesa. Então a Terra se encherá do conhecimento de Deus como as águas cobrem o mar.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Liberdade Indígena


Vejam o vídeo:



Em termos de ideologia o Marinho toca no ponto nevrálgico. Os indivíduos que classificam e se classificam estão agarrados a uma ideologia mastigada por outros, inseridos na realidade de outros. Como esse ser pode tornar-se uma personalidade de fato?
Não consegue nem fazer a própria síntese e anda pela sombra dos mentores filosóficos.
Uma pessoa que busca ser quem é em plena verdade e sinceridade não pode aceitar todas as idéias que lhe sobrevêem. Isso é desonesto, consigo e com a realidade. Os dentes que me foram dados e a força de minhas mandíbulas são a evidência de que sou eu que busco a realidade em mim. Eu provo, eu sinto, eu mastigo, eu engulo.
Sou eu e não outro. Eu sou responsável pela minha própria ignorância e pelo mínimo saber que se molda à realidade.
 Dessa forma fica evidente que os rótulos não  servem na busca de individuação. A limitação  de tornar-se de esquerda ou direita, implica em  demonizar o outro lado, ora, isso também não  é realidade é fundamentalismo, e assim não faz  sentido.
As pessoas querem discernir seu tempo com  base em teses do passado, estas que só nos  deveriam servir como aio. Paulo que vivia no  primeiro século sabia disso, na eminência de  não validar a salvação e espiritualidade  mediante a prática compulsória dos derivados  da lei mosaica e sim numa metanóia. Uma  metamorfose existencial onde o homem  interior cresce e se aperfeiçoa a cada dia.
Mas as pessoas na era ciberespacial, se tornaram verdadeiros brucutus seja pelo viés do moralismo ou pelo seu antagonista, e eles sabem que no fundo fazem parte da mesma moeda. Sabem que são duas caras. No final vai ficar mais do que evidente que a única coisa que vale é vocÊ na vida, quando já descontente consigo mesmo e marcado por muitas cicatrizes, comece a respirar os ares pesados da altitude. Nesse dia todos nós iremos rir dos tempos de escola.
A força dionisíaca que lhe compele e o inspira, no poder do talento que não se enterra pelo medo de seu Senhor. Na paz e na guerra, quando nos dias frios o sol brilha com mais potencia, nos paradoxos, nas contradições, no ser relativisado… Salvem suas almas, deixem que ela descanse naquele que trabalhou sem matéria prima, e que determinou o milagre como sendo a primazia de um mundo que ironicamente o expele.
Ouçam, vejam e apalpem a sabedoria indígena.

domingo, 31 de julho de 2011

O Deus de Baruch Espinosa



Para Baruch Espinosa a origem do Cosmos é o próprio Deus que por sua vez é a natureza, posto que o Universo é tudo que existe. Segue-se, portanto uma forma de racionalismo teológico materialista, forte influencia nos círculos de teologia liberal.
Já para outros incluindo eu mesmo, Deus é o transcendente porque Ele não está em um lugar, Ele é o lugar.
Aqui poderíamos perguntar: “Deus habita o mundo não existente?”
Ora, Ele é o mundo.
Assim como eu estou no meu corpo, também sou meu corpo, desta forma Deus é, e está em si mesmo.
Dito isto, admitimos que Ele não surgiu de um lugar, que não fosse Ele próprio. Neste caso não teremos problemas para conceber sua grandeza e Eternidade.
Desta forma Deus em seu Ex Nihilo (Criação a partir do nada) põe no homem o paradoxo da vida, a saber, a eternidade em seu coração. O homem como sendo uma junção de partículas deve admitir, portanto que a matéria foi feita para colisão.
É como num liquidificador que bate a fruta o leite e o açúcar, para gerar uma nova combinação de substancias, a que chamamos de suco ou vitamina. Neste caso o corpo sabe que a matéria quando colide provoca o acidente. Assim chegamos a conclusão que o acidente, o impacto é normal e totalmente natural no mundo da matéria. Agora mesmo acabei de prensar meu dedo na janela. Isso dói muito, a dor incita minha consciência de ser, que tal situação não é justa, embora isso aconteça todo o tempo com objetos e coisas inanimadas.
Toda matéria foi feita para se colidir. Lembremo-nos do Colisor de Hádrons o grande acelerador de partículas com a maior capacidade energética existente no mundo. Este é o LHC da organização CERN que fica na fronteira franco-suiça, próximo a Genebra. Através dele fazem-se pesquisas para descobrirmos mais de nossa origem.
Mas quanto a matéria, o paradoxo se encontra na estrutura da consciência humana que a habita. Como disse agora pouco, conforme Salomão, Deus pôs a eternidade no coração dos homens, posto que este mesmo é criado do Eterno. Neste ponto admitimos que para a consciência, tanto a morte como os acidentes não são coisas naturais, uma vez que sua natureza é outra, advinda diretamente do Eterno e não meramente do Ex nihilo pelo Eterno. Assim ela busca organizar-se e andar prudentemente para evitar a dança de colisões do Cosmo, quando esta por sua vez ameace tal matéria.
A consciência anseia a progressão de si mesma.
Ora, não existe consciência que não queira progredir ou que deseje a morte!
Se desejar morrer é porque crê num lugar de transcendência, do contrário padece do desejo por suicídio que nada mais é do que uma patologia. No entanto o próprio suicida desejaria viver se fosse livre de seu tormento, isso digo tanto no que se refere ao psiquismo quanto ao pedido de eutanásia, uma vez que considere seu corpo totalmente inapto para continuar existindo.
Dessa forma fica claro que o paradoxo se encontra justamente na consciência que deseja permanecer e da matéria que inevitavelmente procura colidir. O impacto pode causar a morte do organismo, interrompendo assim a capacidade cognitiva. Aqui fica fácil de entender o porque do corpo glorificado de Jesus ter o poder de ultrapassar paredes.
A consciência, portanto deseja um lugar que lhe é necessário, a saber, um corpo que lhe permita prosseguir. Somente o hipócrita poderia dizer que a interrupção de sua consciência é algo lícito! Mas eles fazem assim para defender uma ideologia que lhes parece boa na contingência em que vivem. Fazem, portanto por pura conveniência, assumindo seu imediatismo num ânimo dobre.
Diante da morte não existe pessoa que em sã consciência não sinta o pesar na alma.
Neste caso podemos reconhecer que o panteísmo de Espinosa e o Deus de Nietzsche são de certa forma a mesma coisa.
Você pode até perguntar: “Mas Nietzsche não era ateu”?
Sim, sem dúvida, no entanto ele mesmo disse que se houvesse um Deus verdadeiro este invariavelmente participaria da dança do Cosmos, de colisões, impactos e busca pela sobrevivência. Ora, este é o Deus de Espinosa que está em tudo e em todos, mas não está fora desse tudo.
Espinosa não acreditava na criação Ex nihilo =Criação a partir do nada. Ele acreditava na criação: Ex Deo= Criação advinda de Deus. Assim ele não admitia que o tudo tivesse surgido do nada porque o nada, logicamente nada cria. Dada essa implicação teríamos que aceitar que Deus é igual a natureza, porque a própria natureza surge dele mesmo. Dessa forma Deus como ente auto causado gera o todo que hoje existe.
Porém, a criação: EX NIHILO de origem judaica se dá pela criação de um Deus que transcende sua matéria. Dessa forma o mundo veio do nada, no que se refere a sua substancia, logo Deus obviamente transcende a própria substancia, o Universo.
Einstein quando indagado por um Rabino acerca de sua visão a respeito de Deus disse o seguinte: “Eu creio no Deus de Espinosa, que se revela na harmonia de tudo que existe, não num Deus que se preocupa com o destino e ações humanas”.
Assim Albert Einstein admitia acreditar num Universo estático, sem expansão. Relutou em reconhecer posteriormente as evidências do Big Bang e a dinâmica do Universo. No entanto até mesmo Stephem Hawking um físico contemporâneo que de fato não é teísta perguntou de maneira respeitosa dizendo: “Quem acendeu as equações e detonou a grande explosão”?
Para mais informações sobre o Universo de Einstein veja: 
É obvio demais, o Big Bang implica em que o Universo teve um início, ora isso é antagônico a visão de Espinosa e corrobora com o Ex nihilo da visão ortodoxa monoteísta.
No mais as teorias correm para alcançar status no mundo da física contemporânea, mediante evidências que possam substituir o chamado Deus das lacunas, o Deus teísta. Porém como conhecer leis que geram leis distintas, poderíamos dizer que também existem leis auto causadas?
No entanto até o presente momento a natureza é reconhecidamente um produto e o Universo dinâmico como um relógio de corda.
Fiquem agora com um áudio sobre Spinoza retirado da Enciclopédia de Geisler.
vídeo:

sábado, 30 de julho de 2011

Nefilins – Os Gigantes na Terra I


Olá meus amigos nesta postagem gostaria de incluir 5 vídeo que para quem não está acostumado com o assunto servem perfeitamente de introdução. Esse é um tema que me fascina. Cheio de mistérios, enigmas e revelações.
Eis os gigantes de genesis 6, os mesmos que segundo algumas interpretações, se deslumbraram com as filhas dos homens e coabitando com elas,  geraram os tais híbridos gigantes.
Deixo aqui esse documentário da Discovery Channel, o qual aconselho que vejam com calma e pacificamente, sem pressa… Relax… Grande abraço a todos e obrigado por acessar este blog…
vídeo 1:
vídeo 2:
vídeo 3:
vídeo 4:
vídeo 5:
Obs: Eu penso que tais seres vistos como óvnis, são de origem espiritual. Isso é comumente aceito no meio protestante e também é suspeita de muitos ufólogos… Fique ligado em novas postagens sobre esse assunto.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Salmo pessoal: Consola-nos Senhor




Salva-me ó Senhor. Sou pó e ao pó voltarei. Hoje minha alma está aflita, rancorosa a beira da loucura e chora sem forças para conter as lágrimas. Sinto-me desestruturado como se os cacos da minha alma estivessem espalhados nesta carcaça de carne e osso. 


Estou fadigado, respiro pouco e com dificuldade. Mas foi assim que eu vi a ruína dos povos, vi as injustiças que acontecem nas terras antigas, onde jovens são apedrejados até a morte como se fossem criminosos e meninas são feridas em sua intimidade com o ferro do terror religioso de belzebu. 


Meus olhos se afundam em meu rosto, estou encovado como a morte, meus sonhos e desejos estão perdendo o fôlego  falecendo aos poucos. O peso do mundo está sobre mim. Não sinto alívio neste tempo onde verdugos açoitam a minha alma. Queria ser socorro, mas estou a me afundar como uma criatura miserável e falida. A natureza e o inferno castigam os povos e ao meu redor somente vejo pessoas rindo e se alegrando.


No entanto minha garganta está seca, mas não sinto sede. O olhar triste não me abandona e o pessimismo me assola. Não sei se ainda sou eu. 


Por que tentando me auto-afirmar e animar, a existência volta a me dar rasteiras?


Senhor dos exércitos não me entregues a esse espírito de covardia, que já destruiu tantas vidas.


Os muitos pedem-me para comemorar... Mas o que irei celebrar? 


Eis- me aqui desnudado diante do mundo, fragmentado sem sangue só areia...


Na sombra, na dor e na loucura... 


Como permanecerei andando nesta corda bamba me equilibrando sem se cansar e cair nos ares?


As potestades sopram seus ventos sobre mim. Elas se gloriam nas minhas derrotas. Se aproveitam das minhas dores e zombam de nossa verdade ó Senhor... Anseiam por me confundir...


Levanta-te meu Rei. Julga a minha causa e fortalece meu espírito. Minhas penas caíram, meu bico balança e o céu dos céus não passa de um muro de bronze.


Se minha sanidade cair e eu mesmo não souber quem sou... Ó Meu Pai, não te esqueças de mim, engolido pela existência, flechado pelo setas envenenadas da contingência, envergonhado pela morte injusta e vil de meus irmãos das terras antigas. Humilhado na cultura do espetáculo, entristecido pela minha fraqueza.


Venha ao meu auxílio e escreve essas palavras no grande livro, pois declaro que estou fraco e padecendo de profunda tristeza. Venha socorrer-me Deus, livra-me dos cães, dos tolos, das raposas. Encha-me novamente da alegria da tua salvação, para que como o salmista eu exulte na tua presença. 


Lembra-te da terra que padece pela seca e pela fome. E então eu salmodiarei com cantos e alegria.


Só tu me conheces ó meu Senhor e a Ti... Entrego meu espírito...


“E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração…” {Ef 5: 18-19}
Aqui Paulo nos ensina que os salmos não estão vinculados apenas aos efetivamente bíblicos. Salmos são expressões da alma desnudada perante Deus diante das coisas patentes da vida, uma das formas de o buscarmos em verdade. Neles não existe exatidão, teologismo, dogmatismo apenas o grito de uma alma que precisa falar a Deus, sem rodeios, sem ensaio, sem chavão. Por isso deixo aqui os que eu escrevi pelo que vivenciei, aceitando minha condição de humano totalmente humano, no entanto diante de um Deus totalmente Deus…

Salmo pessoal: Lembre- se de como Ele é Bom


“E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração…” {Ef 5: 18-19}
Aqui Paulo nos ensina que os salmos não estão vinculados apenas aos efetivamente bíblicos. Salmos são expressões da alma desnudada perante Deus diante das coisas patentes da vida, uma das formas de o buscarmos em verdade. Neles não existe exatidão, teologismo, dogmatismo apenas o grito de uma alma que precisa falar a Deus, sem rodeios, sem ensaio, sem chavão. Por isso deixo aqui os que eu escrevi pelo que vivenciei, aceitando minha condição de humano totalmente humano, no entanto diante de um Deus totalmente Deus…
 Meu Pai alegro-me por  entrar agora em tua  presença, por poder  expressar minha  gratidão ao Senhor, pelos  dias que não nos deixou  nas mãos dos ímpios, por  nos ter livrado das  garras do caçador. Se  hoje tenho crido na  tua palavra, como  poderia deixar de me  alegrar por tuas  promessas?
 Como disse o salmista,  tua benignidade dura  para sempre, o nosso D-us é um D-us de misericórdia. Há muitos séculos as gerações de muitos povos proclamam o teu nome e reconhecem quem Tu és. Eles não se deixam levar pelo esquecimento, se lembram constantemente das tuas obras, dos teus testemunhos, se lembram de quando o Senhor se revelou a nós, se lembram das obras de redenção, dos ensinamentos, da paz, e das muitas alegrias provindas da Casa de comunhão.
Lembram-se de quando o Senhor perdoou e revelou seu amor incondicional. Os perversos praguejam e falam horrores de teu nome, mas bem sei que os tais não o viram nem o conheceram. Falam do que não conhecem, só repetem o que interpretam de soslaio. Mas nós olhamos de frente para teu reino. Eles dizem: “Eu duvido disto”. Nós dizemos “Temos duvidas ensine-nos”.
Não somos melhores, e isso digo para evitar a todo custo o orgulho espiritual que incha os religiosos. Meu intento Senhor é reconhecer quem Tu és e mostrar isso ao mundo, eles precisam saber. Pai, eu bem sei que o Senhor não nos chamou para que agora venhamos a julgá-lo. O Senhor nos chamou para que venhamos a compreendê-lo pela tua revelação.
Sua palavra nos ensina a compreender as pessoas e não julgá-las temerariamente. E, no entanto hoje vemos muitos que te julgando sem nunca sentir desejo de conhecê-lo perdem-se no caminho. A verdade é que devemos servi-lo e amá-lo como o D-us que se revelou a nós pelo Espírito e pela Palavra e não o deus de suposições e conjecturas. Poderia o carnal compreender o espiritual? De forma alguma!
É por isso que oro a Ti Altíssimo, para que se revele a nós com seu amor incondicional, para que também os praguejadores se surpreendam. Pois o Senhor não está nos lugares onde se espalha, só poderíamos encontrá-lo no lugar onde se ajunta. Friedrich Nietzsche ousou dizer que em sua geração o Senhor estava morto. Mas Jó há muitos séculos atrás disse: “Meu redentor vive e em breve julgará minha causa”. Por isso eu não me preocupo, pois a Luz, a tua Luz continua bem acesa. Sou-lhe grato eternamente. Maranata Yeshua. Amém.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Presunção: Entranhas da Moral de Mercado


O polêmico Olavo de Carvalho é professor, filósofo e jornalista, ainda estou lendo seu livro O Imbecil Coletivo, infelizmente  estou a ler outros tantos e isso me causa certa demora e lentidão  em sintetizar as idéias dele.
A bem da verdade é isso que faço, procuro sintetizar o máximo de conteúdo de indivíduos como o referido jornalista dada a sua experiência, dedicação e liberdade, afinal isso me auxilia imensamente na leitura do mundo.
Ora é obrigação de todos nós discernir os tempos e o modus operandi dessa época se desviando não apenas da roda dos escarnecedores, mas também da roda dos alienados. Sendo necessário aqui um novo salmo…
Mas pra isso é preciso que eu mesmo assuma minha alienação, minha ignorância, minha tolice e presunção.
É um fato triste constatar que muitos de nós temos caído no conto do pseudo sábio, que nada mais é do que o indivíduo que presume sempre sem a devida constatação.
Mas quem ama não lisonjeia, fala a verdade na sensibilidade de um cirurgião, só que  as vezes é necessário ser violento para salvar uma vítima de ataque cardíaco, contraindo o coração com força para que volte a bater.
E é isso que desejo, fazer que as pessoas “seitificadas” (seita), “cétificadas” (cético), “conceitificadas”(conceitos), de profundo espírito crítico “criteriodificados” (critério pessoal e alienado), possam sobreviver a parada cardíaca que está na eminência de destruí-los.
Que nossos corações voltem a bater porque o diabo nos engana justamente em nosso ponto cego.
Sendo assim esteja livre e desimpedido para discordar de mim ou do professor, porque somos irmãos.  Não fomos feitos seus inimigos caro cético e você amigo seitificado aqui não existem guros e tão pouco infalibilidade papal.
Vocês são meus irmãos e não filhos de um monopolisador da verdade. Portanto seja livre para discordar mas não o faça por presunção no falido espírito “do contra”, e sim no escrutínio, tentando ser ao máximo imparcial, simplesmente tendo o zelo em Deus a quem eu e você pertencemos,  o Único capaz de exercer onisciência. O único Pai e mestre.
Shemá israel adonai elohenu adonai echad.
Grande abraço e fique aí com o professor Olavo de Carvalho:
vídeo 1:
vídeo 2: