sábado, 28 de maio de 2011

Campo da Inocência


De Volta a inocência:
Você não concorda comigo que se Deus existe seria monstruoso de nossa parte viver como se Ele não existisse? E supondo que Ele não exista seria herança dos tolos viver se dedicando a isso.
Pessoas de fé não são perfeitas e em muitos casos elas até são piores, mas essa persistência em acreditar indo contra tudo e contra todos, além de superar uma filosofia linear que o mantenha condicionado é o que me atrai nesta gente.
Se são burros, se são preconceituosos, se são bestas feras, se são insensatos… Ora, todos são em algum aspecto da vida. Você sabe que nisso falo a verdade.
E se nesse caso reconheço que não posso por mérito receber o prêmio divino, estou a me fazer igual a todos, seja homem ou mulher, seja ateu ou teísta, seja religioso  ou materialista, seja rico ou pobre, seja judeu, negro ou amarelo.
Quem é mais brilhante entre estes? Eu digo, todos somos. Temos a consciência não só do Estar, mas também do Ser. Pessoas normais certamente estão assombradas com sua própria existência, isso é saúde para a alma.
Neste caso se somos iguais para que serve esse negócio de salvação?
Serve para entendermos que “pangarés” podem correr tanto quanto os de puro sangue.
Serve para acabar com o muro de separação e ao mesmo tempo separar com a espada  de uma Verdade dócil.
Serve para trazer a cume a consciência de Deus, perdida por causa de nosso rancor.
Consegue enxergar a importância  desses paradoxos?
Nietzsche, alguém com quem gostaria de ter falado, chamou os cristãos de rancorosos, revoltados com a vida do corpo e pseudo-morais, pra ele Platão e Paulo foram os grandes precursores da queda dos conceitos de nobreza. Porém o que Nietzsche sentia era diferente do que sentia Paulo, suas lógicas são válidas dentro do pano de fundo de suas idéias. Seu espírito, a saber, sua essência, de início determinou seu pressuposto… Quanto a isso gostaria de dissertar num futuro próximo se for conveniente, uma vez que os pensamentos de Nietzsche são complexos e extremamente úteis para diferenciarmos moral, ética e consciência.
Um elemento numa noção:
Eu gosto de músicas alegres, no estilo corça da manhã como diriam os hebreus, mas o momento também define meu prazer musical. Existe uma música da banda Evanescence, que retrata bem o espírito que o cristianismo verdadeiro tem na sua interação com o mundo. De fato não sou fã incondicional dessa banda, mas nesta música tive que tirar meu chapéu. Ela expressa exatamente o que eu quis dizer neste texto, na bela voz de Amy Lee:
Campo da Inocência:
Ainda me lembro do mundo
Dos olhos de uma criança
Devagar esses sentimentos
Foram encobertos pelo que sei agora
Aonde foi parar meu coração?
Em uma troca injusta pelo mundo real
Oh, eu… eu quero voltar
A acreditar em tudo e saber de nada
Ainda lembro do sol
Sempre morno nas minhas costas
De algum modo ele parece frio agora
Aonde foi parar meu coração?
Caído na armadilha dos olhos de um estranho
Oh, eu… eu quero voltar
A acreditar em tudo
[Latim]
“Jesus, Rei admirável
Nobre conquistador
De doçura inefável
Amigo de todos”
“Conforme os dias se vão, diante de meu rosto
Enquanto a guerra estoura na minha frente, me encontro, nos últimos dias de existência, desse pobre vilarejo, esse parasita dentro de mim. Eu o fiz sair. Na escuridão da tempestade jaz um mal, mas esse sou eu”
Aonde foi parar meu coração?
Em uma troca injusta pelo mundo real
Oh, eu… eu quero voltar
A acreditar em tudo
Oh, aonde
Aonde foi parar meu coração?
Caído na armadilha dos olhos de um estranho
Oh, eu… eu quero voltar
A acreditar em tudo
Eu ainda lembro…
Na música citada tem uma frase muito interessante que corrobora com a aplicação da miserabilidade humana:
“Enquanto a guerra  estoura na minha  frente, me encontro,  nos últimos dias de  existência, desse pobre  vilarejo, esse parasita  dentro de mim. Eu o fiz  sair. Na escuridão da  tempestade jaz um  mal, mas esse sou eu”
Sendo, portanto o homem  incapaz de conhecer a Deus  ou ser justificado pelas suas  boas obras, no tempo  oportuno o próprio Deus  providencia a capacidade de interação com Ele. Quebra-se aqui a barreira da pretensão nascida nos ditames de leis e mandamentos, nascendo assim o homem que discerne Deus pelo próprio Deus dentro dos limites que Deus quiser dar.
Para ficar mais claro eis as  palavras  de Jesus:
“Não se turbe o vosso coração Crede em Deus e também em Mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas”. (João 14:1-2). “Se não fosse assim, eu não teria dito que vou preparar-vos um lugar”.
“Eu virei e vos levarei para mim mesmo” .(João 14:2-3). “Vós conheceis o caminho para onde Eu vou” (João 14:4).
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6). “Em verdade eu vos digo, porque eu vou para o Pai, mas aquele que crer em mim obras maiores fará”. (João 14:12).
“Se me amares verdadeiramente Guardareis os meus mandamentos e eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará o Consolador O Espírito da Verdade que o mundo não pode receber.”
“Mas Ele habita em vós e estará em vós pra sempre (para conhecerdes a Deus de fato)Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama. E se alguém me amar será amado do meu Pai e eu também o amarei e Me manifestarei a ele…”
Qual é o mandamento? Ele é explícito: “Quem diz que ama a Deus, mas odeia ao seu próximo não ama nada além de si mesmo.”
Como posso amar a Deus que nunca vi se não amo o meu próximo que vejo todos os dias? Pergunta o apóstolo João.
Esse Espírito a que me refiro é a essência que nasce no homem constrangido pela sua própria miséria, este que bate no peito e diz:
“Eu sou um pecador”.
Jesus é o amigo dos publicanos, prostitutas e pecadores, mas repudia o jovem rico cheio de pompa em dizer que segue a Moisés, ou os religiosos que deixaram florescer um orgulho das virtudes.
Como C S Lewis dizia – Fomos surpreendidos com a alegria. Nós não esperávamos, mas Ele veio. Nunca me imaginei sendo um seguidor da fé, mas hoje eu sou e paradoxalmente livre da religiosidade cristã. O megafone de Deus que se chama Sofrimento despertou-me e Ele me surpreendeu com as boas novas da esperança. Eu queria encontrar minha totalidade, mas quando a encontrei vi um demônio com meu rosto. Deus me fez ver a realidade humana que não é a totalidade de Nietzsche impressa no super homem do “torna-te quem tu és”, mas sim do “reconhece tua miséria”.
O orgulho de salvar-se a si mesmo disseminou-se quando tive um encontro com minha miserabilidade.
Quando entendi a ciência do débito acordei e me desesperei, pois o homem está perdido dentro de si mesmo. Deveras somente Deus pode interagir com nossa alma e nos salvar do afogamento eminente. A religião nada sabe a esse respeito.
A questão meu amigo é que para nós que reconhecemos a miserabilidade humana resta apenas o apelo de buscarmos não a salvação, mas o salvador. Claro que não devemos ficar parados esperando Deus nos salvar, mas devemos buscá-lo.
“Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabes.” (Jeremias 33:3)
Não tente jamais se justificar perante a Perfeição, você  passará vergonha.
O promotor das almas certamente vencerá este caso se Deus considerar nossos crimes. Permita-se ser advogado por um capaz de vencer o promotor satânico.
É dEle todo o trabalho, o seu é só descansar nEle.
Este é um trecho do apêndice A e B do meu livro: Agente do Caos, para ler mais sobre esse assunto recomendo a leitura do livro inteiro aqui mesmo no meu blog no link gratuito.
Logo abaixo fiz um vídeo com a música citada acima para tentar expor a mensagem de uma maneira diferente, espero que gostem, um grande abraço.

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